Chorão morre sem provar Eva Monroe
Era meio dia quando acordei nessa quarta-feira (06/03/2013). Como ainda era cedo demais, resolvi dar uma volta na Avenida Paulista para ver se encontrava algum engravatado dando sopa. Mas logo notei que alguma coisa estava estranha no ar. Um clima diferente, nostálgico, deprimente.
Se tem uma coisa que eu D-E-T-E-S-T-O é climão. Faz mal para a pele e homem rico não gosta de mulher com pele ressecada e - muito menos - cheia de rugas. Enfim...tinha que me livrar daquela uruca que as barangas que passavam por mim estavam jogando. Com certeza toda aquela depressão só podia ter um motivo: elas estavam invejando meu andar sedutor sobre meus saltos 15 centímetros, a uniformidade de minha maquiagem cuidadosamente aplicada para fazer parecer que eu não tinha passado maquiagem alguma, meu vestido esvoaçante que mostrava as cochas torneadas e, quando os machos davam sorte, levantava ao sabor do vento dando um raro vislumbre de minhas nádegas e, o mais óbvio, o fato de que todos os homens que passavam me comiam com os olhos.
Peguei, então, minha caderneta...digo...meu caderno de 400 folhas em que mantenho a lista reduzida dos machos-bonitos-ricos que ainda não usufruíram de tudo o que Eva Monroe pode oferecer (e em cujas contas bancárias recheadas eu ainda não tinha conseguido dar uma beliscada) e comecei a reler os nomes que eu fazia questão de manter organizados por nível de gostosura e de riqueza - tudo, claro, em ordem alfabética.
Reler os nomes dos sortudos que poderiam desfrutar da minha...companhia!...sempre me animava! Eis que passei por um grupo de bancárias baranguézimas choramingando a morte de sabe-se-lá quem. Com o nariz escorrendo e a cara inchada de chorar elas conseguiam ser ainda mais asquerosas. Mas isso não vem ao caso. O fato é que era o segundo grupo de FPs (Feias e Pobres) pelo qual eu passava e que estavam chorando as pitangas. Quando passei em frente à Gazeta vi umas alunas da Faculdade Cásper Líbero em um estado igualmente asqueroso de debulhação em lágrimas. Aí já foi demais! Minha curiosidade atingiu níveis intangíveis para meros mortais e eu tive que ir fuçar no lugar mais fácil para se encontrar fofoca: rede social.
O twitter, para variar, estava com problemas para conseguir entrar...excesso de navegantes. Epa! Mas ainda não eram 13h30! Como já havia esgotado a capacidade? A fofoca devia ser boa mesmo! Fui, então, pro Facebook. Logo no primeiro post meu coração azedou. Parei de caminhar imediatamente e fui fuçar a letra C da categoria "bonitinho-rechonchudo" + "rico-emergente" do meu caderno de futuros peguetes que me sustentarão e lá estava: Chorão.
Raios queimem quem foi o cretino que decidiu puxar a ficha dele lá em cima antes de eu conseguir PELO MENOS ganhar uma bolsa Louis Vuitton daquele bofe!!
Olha, assim não dá. Cada semana é um bofe que preciso riscar antes da hora da minha lista. Como manter um estilo de vida digno e cheio de regalias se São Pedro fica puxando a ficha dos bofes ricos-gatos antes da hora?
Além de perder a possibilidade de garantir uma Louis Vuitton novinha, eu ainda fiquei sem descobrir se ele realmente iria "fazer de um jeito que eu não iria esquecer". Enfim, "se foi, já era". Essa experiência Eva Monroe perdeu.
A única coisa que fez meu humor melhorar um pouco foi pensar que: se para mim era uma pena perder uma Louis Vuitton e uma - TALVEZ - boa sessão de pegação selvagem, para ele, a perda era infinitamente maior.
Afinal, "bonitinhos-rechonchudos" + "ricos-emergentes" tinha pelo menos uns 200 na minha lista reduzida. Agora, Eva Monroe...ah, Eva Monroe só existe uma! E Chorão morreu chupando o dedo.
Quem sabe daqui a umas 30 ou 40 plásticas (já que não contabilizo anos de vida) eu venha a bater as botas e aí eu posso pensar em colocar o moço do "Papo reto" numa fila especial para bofes do pós morte. Por hora, nada posso fazer em sua memória, caro vocalista.
Depois de passar quase 2 minutos concentrada no assunto notei um engravatado me secando em frente a um café da Av. Paulista. Dei uma rápida analisada no material: o terno caia bem e parecia não ser da Torra-torra, mas os sapatos gritavam "LIQUIDAÇÃO". Pobre. E o desgraçado era bonito. De qualquer forma, o corpo era uma delícia, cochas fortes, boca fina, cara de macho com pegada fortíssima. O investimento em meu futuro teve que esperar umas duas horas, porque simplesmente não dava para deixar aquele BOFE-POBRE-TESUDO esperando.
Ai, gente, tem horas que uma mulher precisa de um pouco de sexo DO BOM antes de voltar a trabalhar duro para garantir uma visitinha na loja da Gucci!!
Me-liga-se-for-rico-ou-tesudo.
